9.12.13

Eu me escondo
na casa das flores
esperando pela luz do sol
tomar seu rumo
Sento sobre as folhas
sentindo o frescor
sobre minha pele nua
e se uma formiga
andar sobre meus dedos
não a tirarei
fazendo parte da natureza
sou menos eu
mais um pouco de tudo
nada permanente
Meu livro faz sombra
não ouso o tirar dos olhos
pois quero absorver a beleza
de pertencer a outro mundo
A casa das flores
não precisa de palavras
já que a madeira range
as folhas se arrastam sobre o chão
eu submerjo no fim profundo
do estado natural
Imagino noite após noite
tua volta
as cigarras me avisam
a mesa fica posta
Noite após noite
a única coisa
que invade a casa
é teu silêncio
pois tu não voltou daquela guerra
e na casa das flores
está tudo seco e cinzento
as folhas secas estalam
chegou o outono
mas tu não retornou a tempo

Nenhum comentário:

Postar um comentário